Pavel Sivakov tem vindo a afirmar-se, primeiro na INEOS Grenadiers e agora na UAE Team Emirates XRG, como um dos trepadores mais fiáveis do pelotão. Apesar de em França ter sido apontado como futuro candidato a grandes Voltas, o ciclista de 28 anos consolidou-se sobretudo como um gregário de referência, marcado pela consistência e pela lealdade. Em entrevista ao Cyclingnews, o francês analisou o seu papel na equipa, a evolução da carreira e os desafios enfrentados desde os tempos de sub-23.

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“Refletir sobre o que me aconteceu faz parte do meu percurso”, afirmou. A referência vai sobretudo para 2019, ano em que, com apenas 21 anos, venceu a Volta à Suíça e a Volta à Polónia, além de terminar o Giro de Itália no top-10. Uma ascensão rápida que, porém, não teve continuidade. “Passei dois ou três anos sem progredir. Tive dificuldades, talvez mentais. Coloquei demasiada pressão sobre mim e deixei de ouvir o meu corpo.”

A mudança de dinâmica surgiu com a transferência para a UAE Team Emirates XRG em 2024. “Sempre tive talento e boa preparação, mas faltava-me consistência. Alguns ciclistas evoluem depressa; no meu caso, o processo foi mais lento”, reconheceu. Ainda assim, o Tour de 2025 deixou frustração. “Queria estar com a equipa, mas fui deixado para trás na primeira subida. Sei que sou melhor do que isso. Foi duro, embora integrar a equipa vencedora do Tour seja sempre especial.”

Sivakov mantém, contudo, ambições individuais claras. “Melhoro todos os anos e acredito que ainda tenho os meus melhores anos pela frente. Quero vencer. Trabalho para o Tadej e para a equipa, mas também quero disputar corridas, atacar e lutar pelas vitórias”, concluiu.

Crédito da imagem: UAE Emirates/X

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