“Não culpo ninguém por não poder seguir Mathieu van der Poel ou Wout van Aert, que estão noutra categoria, mas mesmo no grupo perseguidor não somos competitivos... com corredores como Julian Alaphilippe, Yves Lampaert e Kasper Asgreen", diz o diretor da Quick-Step.

Nenhum corredor da Soudal Quick-Step nas 25 primeiras posições da E3 Saxo Classic, na última sexta-feira. Um desempenho que está longe de satisfazer o diretor geral da equipa belga, Patrick Lefevere…

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“Sejamos honestos: a forma como corremos em equipe é terrivelmente banal”, declara o chefe da Alcateia na sua coluna de opinião no Het Nieuwsblad. E acrescenta: “Vi-nos na frente do pelotão a 90 km da chegada e depois: nada.” Na classificação, o primeiro elemento da Quick-Step, Yves Lampaert, terminou a 29.ª posição. “Vou moderar as minhas palavras, porque o comité de ética da UCI vai ler-me: o resultado é muito insuficiente”, afirmou Lefevere.

“Não culpo ninguém por não poder seguir Mathieu van der Poel ou Wout van Aert, que estão noutra categoria, mas mesmo no grupo perseguidor não somos competitivos”, continua Patrick Lefevere, antes de comparar: “A Lidl-Trek claramente deu um passo à frente e está entre os 10 primeiros com três corredores. A UAE Emirates tinha dois homens e nenhum se chama Tadej Pogacar. Não tivemos ninguém”, aponta o dirigente belga sobre a prestação da sua equipa na clássica belga.

“Se existem circunstâncias atenuantes? Na minha opinião, não são muitas”, opina.

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Para melhorar estes resultados abaixo das suas expectativas, Patrick Lefevere quer mudar de estratégia e não se coíbe, no processo, de criticar alguns dos seus corredores. “Com certeza também vou olhar-me ao espelho. Cometi erros na minha política de compras e vendas. Li em todo o lado que estamos a reduzir a capacidade da equipa das clássicas de primavera em prol da preparação para as corridas por etapas e grandes voltas, e isso é sem dúvida verdade. Mas com corredores como Julian Alaphilippe, Yves Lampaert e Kasper Asgreen, uma parte significativa do orçamento ainda vai para a temporada das clássicas flamengas”, esclarece.

“Eis a ilação a retirar: não assinar mais contratos quando estamos em alta, o que talvez tenha acontecido em demasia com os referidos corredores. Aconteça o que acontecer, não vou falar com ninguém sobre contrato antes da Paris-Roubaix”, concluiu Lefevere.

Créditos da imagem: INEOS Grenadiers Twitter – https://twitter.com/INEOSGrenadiers/status/1771199857220268380/photo/1

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