Tadej Pogacar impôs-se nos metros finais do Muro de Huy, para vencer a Flèche Wallonne, somando a terceira vitória em clássicas esta época, após a Volta à Flandres e a Amstel Gold Race, esta última no passado domingo!

PUB
TrekFest 2024

O esloveno prolongou o seu domínio esta temporada, impondo-se na parte final da célebre e temível subida final da Flèche Wallone (1,3 km a 9,6%), para cortar a meta à frente do dinamarquês Mattias Skjelmose (Trek-Segafredo) e do espanhol Mikel Landa (Bahrain-Victorious), respetivamente segundo e terceiro com o mesmo tempo.

Vencedor da Amstel Gold Race no último domingo, Pogacar tornou-se no quarto ciclista da história a ganhar a clássica neerlandesa e a Flèche Wallonne no mesmo ano, depois dos italianos Davide Rebellin (2004) e Danilo Di Luca (2005) e do belga Philippe Gilbert (2011).

PUB
Nova Trek Supercaliber

Aos 24 anos, o bicampeão do Tour (2020 e 2021) completou o ‘tríptico das Ardenas’ no palmarés – conquistou a Liège-Bastogne-Liège em 2021 -, e vai procurar no domingo unir-se na história a Rebellin e Gilbert, os únicos a vencerem as três prestigiosas clássicas daquela região do centro europeu no mesmo ano.

PUB
Giant TCR 2024

“Deixei tudo na subida, foi superduro. […] A 20 quilómetros da meta, ou até a 50, estava bastante nervoso, mas a equipa fez um grande trabalho para me manter na frente. Houve um momento em que quase caí, estava caótico, mas conseguimos”, congratulou-se o esloveno, notando que “nenhuma outra equipa ajudou a UAE Emirates”.

Após a sua 10.ª vitória em 18 dias de competição em 2023 – e também conquistou as gerais do Paris-Nice e da Volta à Andaluzia -, Pogacar confessou não ficar “farto de cortar a meta em primeiro”, preferindo “desfrutar do momento” antes de prognosticar um eventual pleno esta época nas clássicas das Ardenas no domingo, dia de Liège-Bastogne-Liège.

Antes de o pelotão sair de Herve, já a clássica belga era notícia pelas inúmeras baixas de peso entre o ‘elenco’ que deveria disputá-la: além do português Rui Costa, a lidar com uma “irritação no joelho” segundo a Intermarché-Circus-Wanty, não alinharam o vencedor do ano passado, o doente Dylan Teuns (Israel-Premier Tech), Julian Alaphilippe, o campeão em 2018, 2019 e 2021 – ausente devido a (uma nova) lesão, desta vez no joelho, provocada por uma queda na Volta a Flandres -, ou Jai Hindley, o vencedor do Giro2022, que está com uma infeção respiratória.

PUB
Nova Trek Supercaliber

Numa Flèche Wallonne sem história até à ascensão final, um dos destaques da jornada foi para Soren Kragh Andersen (Alpecin-Deceuninck), que andou na fuga do dia, e ainda ‘engatou’ em Samuele Battistella (Astana) e Louis Vervaeke (Soudal-QuickStep), os últimos resistentes à perseguição da UAE Emirates.

Já no Muro de Huy, Romain Bardet (DSM) tentou atacar, mas foi ‘bloqueado’ por Michael Woods (Israel-Premier Tech), um ‘movimento’ que permitiu que Pogacar atacasse quando quis, sem que Skjelmose e Landa o conseguissem alcançar.

“Bater o Pogacar não era possível. Ele é superior aos outros, não podemos fazer nada neste momento”, resumiu Landa, referindo-se ao também vencedor da Volta a Flandres.

Ruben Guerreiro (Movistar), o único português em prova, foi 30.º, a 22 segundos de Pogacar.

Classificações

Procyclingstats.com

Também vais quer ler…

Tour dos Alpes 2023: Kämna ‘engana’ Cepeda

Fotos La Flèche Wallonne Twitter

Também vais gostar destes!