Diogo Narciso foi 10.º classificado na estreia em Mundiais de ciclismo de pista, em Ballerup, Dinamarca, na corrida de scratch conquistada pelo japonês Kazushige Kuboki, que se isolou no final.

PUB
Specialized Levo

O português de 22 anos estreou-se com um 10.º lugar depois de se ter mostrado atento às muitas movimentações, com mais de uma dezena de ciclistas a lograr uma volta de avanço ao pelotão, numa sucessão de mexidas precipitadas pelo neerlandês Vincent Hoppezak.

“Foi a estreia do Diogo e gostei bastante da forma como abordou a corrida. Arrancou quando tinha de arrancar, que foi no momento decisivo para podermos estar no lote de atletas que iriam discutir a corrida. Foi à procura disso e deu a volta ao pelotão. Na parte final, já mais fatigado, não conseguiu o melhor posicionamento, mas teve uma boa prestação. Agora tem de continuar a trabalhar para continuar a progredir”, declara o selecionador nacional de pista.

Kuboki, de 35 anos, conseguiu o ouro depois de ser prata em 2022 e 2023, batendo sobre a meta o dinamarquês Tobias Hansen, segundo, e o francês Clement Petit, terceiro. Para o nipónico, foi uma corrida de excelência, depois de ‘saltar’ para a frente da corrida e manter um ritmo ‘diabólico’ que o tornou inalcançável.

Apesar do top 10 na estreia em Mundiais de elite, Diogo Narciso mostrou-se frustrado por ter ficado perto da discussão das medalhas. “Fica um sabor um pouco agridoce, porque falhei tecnicamente no final, é verdade. Tenho de assumir os meus erros. Não ia com más pernas, consegui dar volta, sabia que o lote de ciclistas que o tinha feito era grande. Tentei marcar um desses atletas, mas quando ele saiu, perdi a roda dele. Custou-me discutir as medalhas”, disse à Lusa.

O português, que vai voltar à pista já na sexta-feira, para a corrida por pontos, lamenta ter recuado no grupo na fase decisiva, ainda que não considere esta “uma má estreia”. “É preciso aprender com os erros. Segue-se a corrida por pontos, de que gosto muito”, afirmou.

‘Tata’ em sexto na eliminação

Antes, na Ballerup Super Arena, Maria Martins foi sexta na corrida de eliminação. ‘Tata’ Martins fez uma corrida de grande nível, bem colocada desde o arranque. A exceção valeu-lhe um susto que a deixaria na 14.ª posição, mas conseguiu recuperar a tempo não tardou a recolocar-se na zona dianteira da corrida. Quando restavam apenas ciclistas favoritas ao título Mundial, a ciclista portuguesa acabou eliminada por muito pouco, num duelo com a irlandesa Lara Gillespie.

PUB
Beeq

“Uma corrida de eliminação é muito caótica a este nível. Obviamente, estou satisfeita, mas quando ficámos tão próximas, ambicionamos sempre as medalhas, que significam muito”, descreveu a ciclista de 25 anos, em declarações aos jornalistas em Ballerup.

“A Maria fez uma corrida muito boa. Esteve muito bem técnica e taticamente ao longo de toda a prova e conseguiu resolver os vários problemas que surgiram, evitando a eliminação. Chegou à parte final da corrida, em que já tinha alguma falta de energia e, provavelmente, foi por isso que foi eliminada”, analisa Gabriel Mendes.


Créditos das imagens: FPC

Também vais gostar destes!