O lançamento do novo livro de Mark Cavendish, “Believe: Achieving the Impossible” (Acredite: Alcançar o Impossível), reacendeu tensões antigas entre o velocista britânico e o seu antigo diretor, Patrick Lefevere. Nele, o ex-ciclista relata detalhadamente as negociações contratuais que marcaram o seu regresso à Deceuninck-Quick-Step em 2021, ano da sua retoma de carreira. Lefevere considera esta versão dos factos “lamentável” e marcada pela “ingratidão”. O belga acredita que “estendeu a mão a um ciclista em dificuldades” e rejeita a imagem que Cavendish lhe atribui como um empresário manipulador.

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Na sua autobiografia, Cavendish descreve ter-se sentido “deixado num limbo” e “testado” por Lefevere antes de assinar um contrato de um ano, no valor de 500 mil euros, depois de ter aceite um salário mínimo para reerguer a sua carreira.

“Ele encontrou uma forma de me fazer suar outra vez”, escreveu o britânico, acreditando que Cavendish merecia um salário melhor, a rondar os 750 mil euros, dados os seus resultados. Lefevere contestou veementemente estas afirmações nas páginas do Het Nieuwsblad: “Tirei-o de um beco sem saída quando mais ninguém o queria. Agora leio isto. É particularmente lamentável.”

“Cavendish recebeu tudo o que foi acordado”. Lefevere, que se retirou no final de 2024 depois de mais de duas décadas à frente da QuickStep, afirma que Cavendish “recebeu tudo o que foi acordado”. O belga diz que não se quer deter nas “imprecisões” do relato.

Cavendish, por sua vez, não respondeu a estas declarações. O episódio, no entanto, mancha uma colaboração marcada por um regresso triunfal em 2021 (4 vitórias em etapas no Tour de França e a camisola verde) antes de uma separação tensa, e depois a sua consagração definitiva sob a camisola da Astana, com um histórico 35º sucesso na Grande Boucle.

Crédito da imagem: LeTour ASO

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