Lentes fotocromáticas: tudo o que precisas saber

Quando está sol, o uso de óculos a andar de bicicleta é quase “obrigatório”, quer seja em estrada ou em montanha. Quando não está sol, somos da opinião de que este é um acessório igualmente importante, visto que já assistimos a várias situações em que os óculos “salvaram o dia”. Neste contexto, vamos falar de lentes fotocromáticas e da sua capacidade de adaptação rápida às condições de luz.

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As lentes fotocromáticas mudam de cor em função da luminosidade ambiente no exterior, clareando ou escurecendo rapidamente consoante a intensidade dos raios ultravioleta. Basicamente é isto.

Estando em plano Inverno num país em que há sol muitas vezes nesta altura do ano, tomar a decisão sobre que óculos levar para a volta de bicicleta (ou que lentes instalar nos óculos) pode ser difícil. Ora está sol, como este se esconde e fica tudo mais escuro. Nem vale a pena falar dos dias de aguaceiros…

Existem infinitas opções de lentes para óculos, quase tantas como marcas que comercializam este tipo de produto. No entanto, se existe um tipo de lente projetado especificamente para estas condições é a fotocromática.

Lentes fotocromáticas

Estas lentes têm como particularidade o escurecimento e o clareamento em face às condições de luz sentidas a cada momento. Vejamos alguns pontos importantes sobre este tipo de lentes, além de ficarmos desde já a saber que estas não mudam de cor sob luz artificial, apesar de isso pouco importar.

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Existem dois tipos de lentes fotocromáticas:

• Lentes fotocromáticas integradas: durante o fabrico, o material fotocromático é adicionado à própria lente em si, à sua composição, o que envolve uma quantidade maior de substância fotocromática. Nestas, a ativação tende a ser muito mais rápida (os cristais escurecem muito antes).
• Lentes fotocromáticas de superfície: é adicionada uma película fotocromática à face externa das lentes depois de estas serem produzidas. Este é um sistema que sai mais barato, mas o efeito de mudança de cor é menos duradouro e rápido que no outro tipo.

É preciso também referir que, aos poucos, as tecnologias utilizadas pelos melhores fabricantes reduzem o tempo necessário para escurecer ou clarear as lentes.

Qual é a diferença face às lentes polarizadas?

As polarizadas são lentes que têm um filtro especial que bloqueia a luz refletida (que faz “ricochete” nas superfícies planas) e só deixa passar a luz “útil”, permitindo uma visão sem reflexos, com cores e contraste mais naturais.

Raios ultravioleta que ‘entram’ no processo…

No fabrico de lentes fotocromáticas é necessário submeter o produto aos raios ultravioleta que existem na natureza, por assim dizer. Neste sentido, há certos tipos de raios ultravioleta que são tidos em conta no processo.

De uma forma geral, podemos diferenciar os raios ultravioleta A, B e C (UVA, UVB e UVC). Os A baseiam-se em ondas de luz longas, enquanto os B em ondas de luz curtas. Ambos são invisíveis ao olho humano e “furam” a camada de ozono, sendo responsáveis, por exemplo, por causar cancro da pele e outras doenças quando existe demasiada exposição.

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Ao nível da visão, podem gerar cancro da pálpebra e cataratas, ajudando também à degeneração macular (causa da perda de visão), principalmente em pessoas com mais de 60 anos. Isto em situações de exposição em demasia e dependendo de inúmeros fatores.

Já os raios ultravioleta de categoria C, baseados em ondas de luz muito curtas, são os mais prejudiciais, embora sejam na sua maioria absorvidos pela camada de ozono.

Enquanto praticantes de desporto ao ar livre, é preciso ter cuidados redobrados sobre estes assuntos: estamos sempre muito expostos aos danos que podem ser causados pelos raios ultravioleta, principalmente entre as 11 e as 15 horas em zonas de grande altitude.

Ou se estivermos rodeados de superfícies altamente refletoras, como o são zonas molhadas, com neve ou com areia. Todo o cuidado é pouco e tudo o que possa proteger o nosso corpo (pele, olhos, lábios, cabelo…) é sempre bem-vindo num regime de utilização diária.