O italiano Domenico Pozzovivo, recém retirado do profissionalismo, foi multado esta semana enquanto treinava com Diego Ulissi, compatriota que vai correr na Astana em 2025.

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Pozzovivo circulava lado a lado com Ulissi, o que é uma situação comum aos ciclistas de estrada, nomeadamente por questões de segurança (n.d.r.; que é permita pelo Código da Estrada em Portugal, desde que não causando obstrução grave ao trânsito), mas que é proibido em Itália, o que pode resultar numa multa pesada.

No entanto, e no contexto do acidente da Remco Evenepoel, ocorrido há poucos dias, Pozzovico diz que prefere ser multado a sofrer razias de automóveis, com o risco de acidente associado.

O italiano partilhou a sua experiência ao TuttoBiciWeb: “A polícia seguiu-nos durante algum tempo, como se nos estivessem a escoltar. O problema não é a multa, mas, como expliquei aos ‘Carabinieri’, os ciclistas serem frequentemente atropelados por carros que passam demasiado perto. É por isso que prefiro andar sempre lado a lado com quem me acompanha, para aumentar a minha visibilidade, a minha ‘massa’ visível”, explicou o ex-corredor.

Pozzovivo já sofreu acidentes deste tipo durante a sua carreira profissional, recordando ainda as tragédias que atingiram os seus compatriotas Michele Scarponi e, mais recentemente, Davide Rebellin, ambos vítimas mortais de colisões com veículos.

“Já fui atropelado várias vezes e não pretendo correr mais riscos. Esta lei precisa de ser alterada, como é o caso na Grã-Bretanha e noutros países [p.e. Portugal] onde é legalmente permitido andarem dois ciclistas lado a lado. Prefiro pagar a multa a correr o risco de ficar debaixo de um carro”, conclui Pozzovivo.


Crédito da imagem: Giro d’Italia Twitter 

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