Depois de Alexey Lutsenko, Tadej Pogacar e Oier Lazkano, foi Michal Kwiatkowski quem juntou o seu nome à lista de vencedores da Clássica de Jaén, prova espanhola caracterizada com os seus caminhos de gravilha que proporcionam sempre grande espetáculo.  

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O polaco venceu depois de mais de 60 quilómetros na liderança da corrida. Na sua primeira corrida esta temporada na estrada, Wout van Aert perdeu o grupo de favoritos a 30 quilómetros da chegada. 

Michal Kwiatkowski (INEOS Grenadiers) entrou em fuga com Brandon McNulty (UAE Emirates) e Ibon Ruiz (Kern Pharma), trio que foi perseguido por cerca de vinte ciclistas, com a Emirates e a INEOS representadas em menor número, com quatro ciclistas de cada equipa. Wout van Aert só tem Ben Tullet no grupo e apercebendo-se de que não tinha condições físicas para discutir a vitória trabalha até à exaustão para o seu companheiro de equipa, terminando a tarefa a 30 quilómetros da chegada, desligando. O belga fez uma extraordinária perseguição ao trio em fuga, retirando-lhe cerca de 40 segundos de vantagem. Mas restavam ainda 20 decisivos segundos.  

Aquelas formações em menor número controlam o pelotão e impõem um ritmo falso, permitindo aos fugitivos voltarem a ter 40 segundos quando faltavam 15 quilómetros.  

Foi então que a corrida mudou, quando Brandon McNulty sofreu um furo e foi alcançado pelo grupo perseguidor. Kwiatkowski beixou Ibon Ruiz para trás, já desgastado por ter integrado uma fuga mais duradoura.  

Isaac Del Toro (UAE Emirates) ataca no grupo perseguidor e parte para o contra-ataque, tentando alcançar o polaco na dianteira, mas não foi capaz, terminando em segundo, a 31 segundos de ‘Kiato’ e 15 à frente de Ibon Ruiz, surpreendente terceiro classificado. 

Kwiatkowski falou em vitória importante. “Como não tenho ganho com frequência ultimamente, esta vitória significa muito para mim”, disse o polaco após a corrida.  

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“Estive na Austrália nas últimas semanas, deveria estar lá com a minha família, mas as minhas meninas estavam doentes. Senti muito a falta delas, e foi um sacrifício difícil. Estou a fazer tudo isto por elas, e sei que também ficaram entusiasmadas por me verem ganhar”, contou o vencedor. 

 De seguida, explicou a tática ofensiva. “Às vezes, em corridas como esta, é preciso correr riscos. Eu sabia que o terreno era difícil e escorregadio, por isso queria afastar-me do pelotão para gerir melhor o meu esforço. Tive o dorsal número 13, e pensei que não era o melhor sinal, mas no final deu-me sorte”, explica com um sorriso. 

Quem não teve sorte foi o colega de equipa de Kwiatkowski, Egan Bernal, que sofreu uma queda nos quilómetros finais, fraturando a clavícula. O colombiano, que se sagrou recentemente duplamente campeão do seu país, estava a fazer uma corrida bastante interessante, evidenciando muito boa forma.

Classificação 

Crédito da imagem: Ineos Grenadiers Twitter – https://x.com/kwiato/status/1891550909135470979/photo/1 

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