Marcas como a QuickPro e a Seka tornaram-se presença constante em grupos de estrada e BTT por toda a Europa, eventualmente… O fenómeno deixou de ser marginal e transformou-se numa tendência que pode mudar a forma comoos  ciclistas avaliam qualidade, preço e desempenho. Será?

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Não se sabe ao certo, mas o que acontece é que as bicicletas chinesas podem estar a deixar de ser uma alternativa económica e tornam-se, para muitos, uma escolha “ponderada”.

Como as marcas de bicicletas chinesas ganharam espaço entre os ciclistas europeus?

A entrada no mercado não aconteceu por acaso. Foi construída com rapidez, investigação e uma estratégia agressiva que se afastou da ideia de mera cópia tecnológica.

As empresas chinesas, especialmente as mais recentes, mergulharam numa abordagem própria, combinando produção interna e acesso a materiais como carbonos de qualidade que antes estavam reservados a marcas premium.

Isto permitiu lançar novos quadros e componentes a ritmos que a concorrência tradicional dificilmente acompanha.

QuickPro e Seka: o que representam na nova geração de bicicletas chinesas?

A QuickPro posicionou-se rapidamente entre ciclistas que procuram rigidez e performance num quadro de carbono acessível, diz a própria marca. Já a Seka ganhou protagonismo com modelos agressivos e um trabalho de comunicação voltado para métricas e objetivos.

Nenhuma destas marcas tenta esconder que parte do apelo é o preço mais baixo, mas a diferença pode não ser apenas económica. A engenharia é hoje suficientemente refinada para competir com modelos europeus equivalentes, garantem.

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Onde antes havia dúvidas, agora há testes independentes, reviews profissionais e grupos online repletos de ciclistas experientes que estão de certa forma a validar esta evolução.

A questão central: valerão a pena?

Responder com clareza não é simples, porque depende do perfil de cada ciclista. E até porque aqui no GoRide ainda não tivemos oportunidade de experimentar um modelo deste género…

Para quem procura o equilíbrio entre desempenho e preço, a resposta tende a ser afirmativa. Para quem valoriza tradição, assistência completa e presença física em loja, as marcas tradicionais mantêm a vantagem.

A relação qualidade-preço, a rigidez dos quadros, a estética e o peso reduzido surgem repetidamente nas análises. A expressão “supera expetativas” tornou-se comum quando se fala de bicicletas chinesas.

As críticas concentram-se no controlo de qualidade variável entre lotes, no suporte pós-venda menos estruturado e na dificuldade em encontrar assistência especializada em algumas regiões. São questões que ainda afastam uma parte significativa do mercado.

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Há dez anos, a ideia de comprar bicicletas chinesas seria recebida com ceticismo. Hoje, esse preconceito está a esbater-se, possivelmente, fruto da transparência proporcionada pelas redes sociais, por medições independentes e pelo acesso direto ao fabricante. O consumidor atual é mais informado e menos preso a marcas.

Crédito das imagens:
Seka Bikes /QuickPro Bikes

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