Depois de conquistar a Vuelta a España em setembro, Jonas Vingegaard pode estar prestes a completar o trio de grandes Voltas com uma possível estreia no Giro d’Italia. O dinamarquês ainda não tomou uma decisão, mas deixou em aberto a participação na corrida italiana em 2026, ano em que também regressará ao Tour de França. 

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Em declarações ao L’Équipe, o bicampeão do Tour revelou que o plano para as próximas temporadas ainda está a ser traçado com a equipa. “Ainda não fizemos o plano com a equipa”, disse Vingegaard. “Tenho a minha ideia, os meus desejos. O Tour de France é tão grande que fará certamente parte do plano, e veremos se o Giro também poderá fazer parte.” 

O Giro é a única grande Volta que falta no currículo do ciclista da Visma–Lease a Bike, que venceu o Tour de França em 2022 e 2023, antes de adicionar a Vuelta ao seu palmarés este ano. Caso conquiste o Giro, Vingegaard juntaria o seu nome a uma lista exclusiva de sete ciclistas que já venceram as três grandes Voltas: Anquetil, Merckx, Gimondi, Hinault, Contador, Nibali e Froome. 

“Penso que vencer os três grandes Voltas é o sonho de qualquer ciclista”, afirmou. “É algo muito importante para mim. Podemos dizer que vamos tentar no próximo ano e ver o que acontece. Veremos. Também ficaria muito feliz por correr o Giro.” 

Apesar da curiosidade pela corrida italiana, o dinamarquês descartou a hipótese de faltar ao Tour. “Penso que para mim, e talvez também para Tadej [Pogacar], o Tour é tão importante que as equipas que têm um candidato à vitória querem inscrevê-lo lá”, explicou. “Mesmo que não quiséssemos ir, acho que teríamos de ir na mesma. E isso não significa que não queira ir…” 

A temporada de 2025 de Vingegaard foi marcada por altos e baixos — uma concussão na primavera, derrotas para Tadej Pogacar no Critério do Dauphiné e no Tour, mas também a vitória sólida na Vuelta, com três etapas conquistadas. 

“Não foi a melhor época que já tive, obviamente. Penso que a minha época de 2023 foi melhor”, avaliou. “Mas terminar em segundo lugar no Tour e vencer a Vuelta não é uma má temporada. Diria 7 em 10, talvez até 8.” 

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O ciclista encerrou o ano com uma participação discreta no Campeonato da Europa em Drôme-Ardèche, a sua primeira corrida pela seleção dinamarquesa desde os tempos de sub-23. Ainda assim, deixou no ar a possibilidade de disputar o Mundial de Montreal em 2026 — mas apenas se não competir na Vuelta. 

“Para o Mundial, a melhor abordagem é definitivamente disputar o GP de Québec e Montreal antes”, explicou. “Começaremos a falar sobre isso em novembro com a equipa e o meu programa será definido entre o início e meados de dezembro”. 

Crédito da imagem: Visma-Lease a Bike/X

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