Na primeira etapa em território italiano, após o périplo albanês, um percurso plano proporcionou um sprint massivo clássico, que deveria favorecer os velocistas puros. Depois das duas vitórias de Mads Pedersen no final de trajetos acidentados, em que o dinamarquês impôs a sua velocidade depois da sua equipa ‘descarregar’ os homens mais possantes nas subidas, antevia-se o favoritismo de Olav Kooij (Visma Lease a Bike) ou Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck).
No entanto, foi um jovem desconhecido a vencer em Lecce, Casper van Uden, neerlandês de 23 anos da Picnic PostNL, que levantou os braços pela primeira vez numa corrida do WorldTour, e consequentemente numa grande Volta.
🔻 A very fast final kilometer in Lecce, and a battle between the fastest legs of the Netherlands
🔻Un chilometro finale tiratissimo a Lecce, e poi la battaglia tra le gambe più veloci d’Olanda!
⏪ The @continentaltire Ultimo Kilometro ⤵️#GirodItalia pic.twitter.com/lOkhCFOZZW
— Giro d’Italia (@giroditalia) May 13, 2025
Derrotado, Olav Kooij, ficou em segundo lugar, e mandou um recado à equipa, afirmando que lhe «talvez» lhe tenha «faltado um companheiro no comboio de lançamento, referindo-se, indiscutivelmente, a Wout van Aert.
O neerlandês ficou logo à frente do compatriota Maikel Zijlaard (Tudor), enquanto Pedersen teve de se satisfazer com o pódio e a preservação da camisola rosa, e só depois Groves e Sam Bennett (Decathlon). Uma vitória surpreendente do Van Uden, de que resta saber se esporádica ou se para repetir ainda neste Giro, noutras oportunidades (poucas) para os sprinters.
Not a good day for the Maglia Rosa so far😥 @Mads__Pedersen is caught in another incident, as his teammate Soren Kragh Andersen hits the deck #GirodItalia pic.twitter.com/uJ0wlyBI2q
— Giro d’Italia (@giroditalia) May 13, 2025
Será que os velocistas terão outra chance já esta quarta-feira, na quinta etapa, entre Ceglie Messapica e Matera (151 km). Um final difícil, com várias subidas curtas e explosivas, em que ainda deverá ser um homem rápido a impor-se. Como referência, o francês Arnaud Démare venceu aí no Giro de 2020.
No entanto, com a dureza está lá, terá de se contar entre os favoritos, naturalmente, com o camisola rosa Mads Pedersen. Mas atenção a Wout van Aert, que já assumiu que ultrapassou os resquícios da doença de que enfermou antes da partida do Giro, e tem mais uma das oportunidades pelas quais decidiu estrear-se este ano na Volta a Itália.
Novamente Olav Kooij, mas também Orluis Aular (Movistar), Corbin Strong (Israel-Premier Tech), Paul Magnier (Soudal Quick-Step) e quem sabe outra vez Casper van Uden…
E como será entre os homens da geral? Poderá haver quem queira esgueirar-se da vigilância das equipas dos restantes líderes, mas o mais provável é que após a refrega terminem todos com o mesmo tempo. Mas é provável que haja história para contar!
Crédito da imagem: Giro de Itália Twitter