A 3ª etapa da Volta à Turquia de 2023 ficará gravada na história do ciclismo… e ainda mais nas pernas dos corredores que a concluiram!

PUB
Nova Trek Supercaliber

O motivo: a subida final, antecipada e depois confirmada como a mais difícil desta temporada. O terrível Badabag (18,4 km a 10,3%) coroou Alexey Lutsenko. O cazaque da Astana Qazaqstan venceu a etapa à frente de Ben Zwiehoff (BORA-hansgrohe) e do seu companheiro de equipa Harold Tejada (Astana Qazastan), e é o novo líder da classificação geral da prova turca.

Depois de 60 quilómetros de plano e antes daquele colosso turco, o pelotão teve pela frente a primeira subida do dia, a Mountain Prime (12,7 km a 6,3%), onde desde logo se fez uma primeira seleção, ainda que superficial.

PUB
Nova Trek Supercaliber

No topo, restavam apenas cerca de trinta corredores na frente da corrida, sob liderança da BORA-hansgrohe, que na descida esforçou-se por tentar deixar Jay Vine (UAE Emirates), o grande favorito, em dificuldade, mas sucesso. E foi assim que se chegou ao sopé do terrível Badabag.

Nas primeiras rampas logo muitíssimo íngremes, a BORA-hansgrohe continou o seu trabalho, enquanto Alexis Guerin partiu para a ofensiva. O francês da Bingoal WB rapidamente alcança 20 segundos de vantagem, mas atrás Nico Denz e Patrick Konrad (BORA-hansgrohe) não lhe dão mais espaço.

PUB
Orbea Genius Dealers

Adiante, é Domen Novak (UAE Emirates) que assume o ritmo. O esloveno começa a provocar mossa no grupo, cada vez mais reduzido e até, espante-se, ‘vitimando’ o seu líder Jay Vine, sem pernas para seguir o andamento do gregário!

Os adversários aproveitam as dificuldades do australiano e aceleraram, alcançando Alexis Guerin ainda a 11 km do cume. Mas então apenas por um quarteto composto por Alexey Lutsenko, Harold Tejada, Florian Lipowitz e Ben Zwiehoff (BORA-hansgrohe).

Mal estamos a meio da subida e os corredores já estão completamente dispersos. Além da inclinação, que poderia ser descrita como desumana, o piso, em calçada acimentada, também contribui para extremar a dureza.

Lipowitz é o seguinte a ficar em apuros, deixando apenas três na dianteira no último quilômetro e meio, cuja inclinação média é superior a 13%. Zwiehoff ataca e faz ceder Tejada, mas não consegue o mesmo efeito a Lutsenko, que se mantém firme na sua roda.

O cazaque, então, contra-ataca e consegue ganhar alguns metros de vantagem sobre o alemão. As imagens impressionam. Lutsenko consegue manter a liderança e vence no topo do já célebre Badabag com 12 segundos de vantagem sobre Ben Zwiehoff e 27 sobre Harold Tejada.

E foi assim (ver em baixo) que chegou ao alto Mark Cavendish, a 52 minutos do seu companheiro de equipa…


Imagem Volta à Turquia Twitter

 

Também vais gostar destes!