Achámos por bem começarmos a falar da nova Specialized Diverge STR que andamos a testar, neste caso na versão Expert de 2023, mostrando o vídeo acima, que mostra claramente como é que a marca arranjou forma de ter amortecimento traseiro nesta bicicleta de gravel e assim “poupar” um pouco o corpo do ciclista.

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Mais abaixo encontras outros vídeos oficiais da Specialized que apresentam a bicicleta, mas, como lhe estamos a dar bom uso, temos desde já alguns pontos a destacar (pela positiva), isto enquanto não chega o nosso teste completo e o vídeo que também estamos a preparar.

E acaba por ser inevitável falar do facto desta Diverge STR integrar suspensão tanto à frente como atrás, com base no sistema FutureShock. Mas há mais a referir sobre este modelo, claro, especialmente por ser bastante reativo em estradão e por se apresentar com um design e uma geometria que a tornam uma “verdadeira” máquina a rolar (e não só).

SMOOTHER IS FASTER | Introducing the Diverge STR #gravelbike
The tech behind the new Diverge STR #gravelbike

 

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Aqui está então uma mão-cheia de pontos que sentimos que fazem a diferença nesta nova gravel da Specialized:

1. A dinâmica…

Antes de falarmos daquilo que gera mais curiosidade na bicicleta, refira-se algo que sentimos desde a primeira pedalada: esta Specialized Diverge STR foi feita para andar depressa. A bicicleta responde muito bem à pressão exercida nos pedais, reage muito bem sempre que decidimos “apertar” um pouco mais com ela e coloca-nos numa posição confortável, no fundo.

Muita “genica” no controlo da direção e leveza q.b. fazem com que seja agradável andar nela- Não é perfeita, contudo, pelo que a nossa análise mais completa apresentará alguns pontos que notamos que são precisos melhorar…

2. O Future Shock 2.0 à frente…

Este já é um nosso conhecido de outras bicicletas de estrada e também de gravel, como é exemplo a Diverge anterior. A rodinha que vês na imagem abaixo faz algo muito simples que é regular a capacidade de amortecer as vibrações e impactos sentidas pela roda da frente, e isto num curso de 20 mm.

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É o sistema Future Shock 2.0, algo que ajuda a reduzir a fadiga ao nível dos ombros e dos braços, de certa forma. Sabemos que resulta, e também nesta Diverge STR já conseguimos perceber que contribui para a forma fluida como a bicicleta progride nos trilhos, alguns deles bastante técnicos até.

3. … e o Future Shock traseiro

Este sistema é sim uma novidade, dando pelo nome também de Future Shock. É basicamente um sistema que a Specialized inventou para fazer com que a ligação entre o tubo do selim e a estrutura superior do quadro (o top tube) seja amortecida, com 30 mm de curso.

Não queremos entrar em termos técnicos para já, vamos deixá-los para o teste completo, mas nos quase 200 km que já fizemos com esta Diverge percebe-se que o sistema acrescenta efetivamente alguma absorção relativamente às forças que podem vir do piso irregular até ao corpo.

O amortecimento não acontece na vertical como numa suspensão total de BTT, acontece sim um pouco para trás, faz-nos fletir o corpo para trás, como que para cima da roda traseira, mas num processo controlado. Face a uma gravel rígida, há naturalmente mais conforto e boas sensações em andamento.

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E refira-se que o grau de amortecimento pode ser regulado de forma instantânea em três níveis, o que faz todo o sentido visto que numa gravel como estas características é normal que na mesma volta percorramos caminhos tão variados como trilhos técnicos, estradões planos e asfalto.

4. As rodas em carbono

Quando estão presentes sistemas de amortecimento e o próprio quadro em carbono ajuda a “receber” as vibrações do terreno, eis que a “festa” fica completa quando rodas de carbono conseguem também apresentar um bom desempenho.

Pelo que já vimos, estas Roval Terra C de 25 mm e em carbono dão bem conta do recado, com boas doses de rigidez e cubos DT Swiss 370.

5. A transmissão eletrónica

Por fim, seria impensável não referir a transmissão eletrónica, até porque a Specialized Diverge STR conta com esta tecnologia em todas as três versões disponíveis. Esta Expert é a mais barata (6.600 euros, numa gama que chega aos 15.000 euros!).

Falamos do sistema Sram Eagle GX AXS que bem conhecemos das bicicletas de BTT, com funcionamento fluido e que pouco deve aos conjuntos mais acima na gama. A diferença é que aqui trabalha em conjunto com as manetes Sram Rival eTap AXS, as mesmas que operam os travões.

Ainda em relação à transmissão, importante será dizer que o grupo baseia-se também numa cassete Sram NX 11-50t de 12x e num prato 40t no pedaleiro. Uma combinação equilibrada tendo em conta as características da bicicleta e que agradará mais a quem está mais em forma…

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